segunda-feira, 1 de novembro de 2010

6o e 7o dia de travessia

Nos últimos dias da travessia observamos a paisagem mudar. Mais úmido, o céu de Sol intenso dos últimos dias deu lugar a nuvens e chuviscos a medida que nos aproximávamos do litoral em direção a Mombasa, nosso destino.


A esta altura eu já começava a sentir saudades do Quênia e dos amigos de bicicleta, tendo a certeza de ter vivido uma experiência única na vida. Não sei se vocês sentem quando isso está acontecendo mas eu sei exatamente dentro do meu coração quanto vivo momentos que não devem se repetir. E vivi exatamente assim nos últimos dias. Isso me dá uma sentimento de realização e ao mesmo tempo de nostalgia, como se a vida fosse um filme que passa uma vez e precisa ser visto da maneira mais plena e límpida possível, com olhos e espíritos bem abertos.


No último dia intenso nos deparamos com um terreno mais acidentado, com muitas subidas e descidas curtas. Com mais areia, acidentes e paradas foram freqüentes. Novamente muitas escolas e crianças com seus sorrisos brancos. Neste dia registrei o que considero a melhor imagem de por de Sol de minha vida. Aquele vermelho sangue Africano. Sem filtros ou ajustes no computador as cores são únicas e estão gravadas na memória. Vou postá-la a seguir.


No resto do sábado tivemos o merecido dia de descanso com direito a visão do mar bem na nossa frente. O oceano Índico, a areia branca, a água límpida e quente com algas, os coqueiros, as pessoas humildes. Aquilo tudo me lembrou de João Pessoa, onde nasci e me fiz gente.


A noite tivemos uma festa de despedida com direito a música e diversão. Gordon Fox fez um lindo discurso cujas palavras tocaram meu coração. Lembrou bem do nosso propósito no Kenya Challenge e o incrível trabalho da Norwood e as muitas maneiras pelas quais podemos fazer o bem ao nosso semelhante.

Um comentário:

  1. Jonas, that picture of the sun is incredible. I have never seen the sky so red in all my travels. I just might have to take a trip to Africa.....

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